Hoje com 45 anos olho para traz e não consigo achar um momento em que o preço do combustível estivesse fora do debate nacional.
Sempre caro, como tudo no Brasil parece que a moda é justificar o aumento no mercado externo, como fonte e balizador de preço.
Cada vez mais claro, com o passar dos anos, estamos recebendo sempre o pior.
Ja reparou no mercado que as frutas e verduras parece estão em pior qualidade?? E não é de hoje, o que me leva a crer, estamos exportando as melhores.
Algo semelhante ocorre com a gasolina que leva um percentual elevado de álcool. Contudo se ate pouco tempo os usineiros consumiam cerca de 10 por cento do preço final do produto, hoje eles avançaram.
Fato que esse país não é para amador. Bastou o presidente colocar em pauta a discussão sobre a liberação dos impostos que li uma reportagem com um quadro justificando a eventual falta de importância e peso do icms na gasolina.
O quadro da formação de preço não é diferente do caos que vive o Brasil, senão vejamos.
Esta claro que produtores e distribuidores levam boa parte do preço. No Brasil questões tributárias fizeram a segregação desse negócio que depende do mesmo fabricante, ou seja, criou-se dois potes para tributar e ganhar da mesma fonte.
Além disso, sim os impostos pesam no preço dia-dia.
Na pandemia, no auge do lockdown em abril de 20 esse grupo que parece um cartel decidiu faturar na distribuição o que não ganhou na produção.
E o estado ta la cobrando uma agiotagem de quase 30 por cento enquanto o governo federal vem reduzindo seu percentual.
Curioso como tanta gente defende o fim da corrupção e acha aceitável esse jogo de interesse entre estado, produtor e distribuidor que levam aí 20-30 por cento na cara dura. E os usineiros também estão a caminho do mesmo percentual afinal o etanol antes na base de 11-12 por cento esta chegando a 15. Ja o produtor e distribuidor compõem 50 por cento.
Quanta hipocrisia dizer que o icms não influi no preço, basta rodar 200 km e cruzar a fronteira do Rio com São Paulo que tomamos um susto com a diminuição do preço da gasolina.
A equação deveria ser inversa, os estados deveriam reduzir suas participações antes do tesouro abrir mão de sua parte contudo existe claramente um jogo e interesse político em gastar o assunto colocando o governo federal em evidência.
Portanto entendo que a leitura da reportagem claramente direcionada a preservação das receitas do estado nos sabota. Nesse pote ai muita gente mama e claramente o governo federal e o que menos manda.
Entendendo esse quadro num olhar amplo o único que perde aí somos nós. E vamos continuar perdendo por algum tempo…
