Não é de hoje que algumas pessoas encaram situações trágicas utilizando a comedia. A exacerbação desse estilo de gestão me deixa indignado.
O andar da carruagem nos mostra como somos, por ironia do destino e as custas de quem sofre, expostos a contradições e situações humanas absurdas, sem qualquer reflexão.
Enquanto os meios de comunicação fazem de tudo para manter nosso foco nos desdobramentos da situação do Rio Grande do Sul, valendo de tudo, explorando até mesmo o resgate de cavalos, animais e por ai vai no centro das atenções, verdadeiros absurdos passam.
O primeiro é que o governo federal tem sido incapaz de ajudar as pessoas. Curioso como a câmara e senado trabalham rapidamente para aliviar algo em torno de 12 bilhões de pagamento por um emprestimo tão rapido, e demoram anos para votar assuntos que realmente interessam.
Exceto pelo retorno do DPVAT e do aumento da alíquota do imposto de importação.
Esses assuntos entraram em pauta em meio ao cinismo de alguns que declaram ver por traz de toda mulher uma maquina de lavar roupa. Ja escutei esse discurso antes quando alguém disse por traz de uma criança existe a imagem de um cachorro.
Infelizmente essa situação cômica ilustra a tragicômica que vivemos hoje. Nossa vida em razão da politicagem e dos meios de comunicação não melhorou em nada. Piorou.
A sociedade que outrora julgou um presidente a partir de suas declarações entoadas na imprensa brasileira segundo a qual dizia ter o mesmo cometido um pecado por mandar o povo ir trabalhar para não morrer de fome hoje é silente.
Por outra ironia do destino o Governo do Rio Grande do Sul vai ficar três anos sem pagar sua divida a união federal enquanto o povo recebeu seis meses de isenção do pagamento do empréstimo da casa própria na Caixa Econômica Federal.
Essa situação absurda, de quem diz, nosso grupo aqui negocia um prazo e você cidadão se vira para arrumar sua vida e voltar a pagar suas dividas em seis meses é essencialmente incompatível com a ideia de governo inclusivo.
Assim como o marketing em torno da reforma tributaria que novamente vai priorizar a taxação de muitos em detrimento de outros.
Porque? Porque vinte e hum anos depois da criação do programa do governo Bolsa Familia ainda existem milhões de pessoas penduradas nisso?
Simples, o governo não proveu condições de vida à proporcionar ao cidadão realizar a travessia para melhor condições de vida.
Parece que no Rio de Janeiro essa percepção foi bem assimilada pelo prefeito. Inaugura pracinhas se bobear com mais frequência do que a entrega de medalhas pela câmara dos vereadores.
Sabe aquele dinheiro inútil gasto na era pre olímpica? Então fiz um parque. Ninguém se aproveitou do mausoléu que aquilo deixou exceto o rock in rio. Poderia ter dado atenção aos remédios cujo estoque de alguns anda baixo e não é de hoje na clinica e hospitais públicos, so que não.
Seguinte vamos fazer o povo sorrir. Traz o mega show, patrocina outro de pagode, faz festa porque isso parece ser a única coisa que importa.
Enquanto isso o povo aqui some da urna porque não tem ninguém melhor para votar.
Voltando ao Rio Grande do Sul, sequer houve a formação de consórcio de imprensa para notificar se as doações estavam chegando ao destino, se os depositos estavam de fato doando os mantimentos a pessoas ou se haveriam desvios como alias ocorreu no evento tragico da região serrana. Muita publicidade em torno da arrecadação e zero de fiscalização, seja no gasto, seja na entrega.
Infelizmente o governo saiu na frente, discutiram entre eles, o clubinho decidiu quais renuncias fariam e quais impostos voltariam, tudo em meio ao caos.
Tenho algumas certezas quanto ao fim disso. O governo quando gasta, gasta mal. Paga-se muito mais em algo publico do que no particular. O governo não hesita fazer dividas para aprovar seu orçamento, seja secreto ou não, e também para aumentar a carga tributária pela criação de novo imposto.
Se tem alguém acostumado a fazer mais com menos é o empresário e o povo, que em última analise compartilha o pao ao preco de padaria sem inflacionar. A corda sempre rompe do lado de ca, ainda que ca entre nos, se o povo não tivesse saido em resgate aqueles da tragedia, se dependesse do governo para se mobilizar e fazer tudo sozinho teríamos mais mortos do que na pandemia.
Facil entender porque aqueles que não fazem o L votam em oposição.
Oremos por dias melhores.
Desses que estão ai, sei nao…