Qual a influência da “internet” na sua vida e opinião pública.

https://youtu.be/w-RbR0OMg6Q

A história é sempre a mesma.

Muitos só tem o que mostra o celular como meio de informação.

Outros estão ligados as plataformas como fonte absoluta e idônea de informação.

Por fim tem aqueles que trocaram os livros e o pensar por conteúdo de aplicativo.

Qual a influência da internet na opinião pública?! Toda. Aliás a opinião pública hoje é pautada pelo que diz a internet.

A grande rede narra os fatos, capta o interesse, forma plateia, organiza grupo, te entrega o kit situação para, se for o caso, voce condenar.

Pior. A grande rede torna natural vários absurdos. Rasga princípio, história e literatura.

E esta tudo bem. Jura?!

No fim do dia a guerra está aí. Nossa imprensa cafajeste optou por narrar a greve na Franca como um incidente ligado ao aumento da idade de aposentadoria, assim como aqui li que os black blocks apareceram por conta do aumento de 20 centavos na passagem de ônibus.

A internet é cruel, persegue, instiga e eventualmente anula pessoas e fatos os quais alguém por trás deseja ter controle.

Esse é o novo mundo o qual não me sinto preparado porém estou em grade adaptação até hoje.

Talvez a resistência institucional seja modernamente o grito de guerra a liberdade.

Liberdade de ser, falar e tentar pensar. É o que temos até sermos engolidos pelas máquinas.

Aí será uma questão de eventual sobrevivência, ou não.

Dia 10 – Qual a maior mudança na minha vida depois da pandemia?

What’s the biggest change in your life from the Covid-19 pandemic?

Reconstruir é sempre possível, e as vezes necessário. Explico:

Enfrentei a pandemia no maior e mais turbulento momento de vida. Processo estancando, na ponte aérea em direção a Brasília, várias incertezas inclusive de vida com a cereja no bolo… uma protrusão que aperou o canal medular a ponto de exigir injeções de diprospan de 20 em 20 dias ja sem fazer muito efeito.

Completamente desconectado da realidade, fui também vítima da negligência pela qual deixei de lado algumas decisões cuja percepção destas resultaram no óbvio e inevitável fim do relacionamento.

Pronto, acabou.

Tudo passou. Ainda que com feridas abertas e sob impacto da dura realidade, a vida, a vontade de viver (ou sobreviver) se sobrepôs a qualquer dificuldade.

E como diriam nossos avós… vai passar.

Entre internações, viagens e uma agenda atribulada percebi só então que não estou sozinho. Não mesmo.

Precisei viver uma pandemia para sentir verdadeiramente a presença de Deus na minha vida, para depois entender a construção da família que ele me deu. Em seguida, as pessoas com as quais trabalho e no dia-dia me reporto, oriento, recebo informação, passo informação, acredito e confio.

A pandemia deu novo significado a família.

Precisei viver uma pandemia para acreditar no meu potencial e também construir por exemplo a padaria social. Percebi que pode se fazer tanto com tão pouco, como matar a fome das pessoas ou pelo menos dar a elas o sinal da presença de Deus por praticamente nada.

Quando o propósito é bom, a realidade admite e Deus permite acontece fácil.

Basta acreditar!

Sai da pandemia me refazendo, em meio a esse tumulto encontrei e casei com um novo amor. Quem diria em meio a tantas incertezas e sofrimento teria essa chance?! E tive.

Precisei de uma pandemia para aprender isso.

E voce?!

Dia 09 – Do filme a TV, recordar é viver.

What movies or TV series have you watched more than 5 times?

Tenho o privilégio de ter nascido em uma época que se produziu bons filmes, alguns hoje considerados clássicos.

Ao contrário da geração Netflix, não havia série nova, sobre tudo, qualquer coisa e/ou nada toda semana.

Sabíamos o que estava por vir a partir de noticia de revista e jornal, ou por vezes no cartaz e trailer no cinema.

Esperava ansiosamente o filme chegar. Da trilha sonora ao filme propriamente dito, tudo era um espetáculo.

Uma abertura de 007, Philadelphia, Robin Hood, Bodyguard, Ghostbusters, Blade Runner, a Missão (dentre muitos) hoje não existe mais. Um filme complexo como A Ponte de Madisson ou Color Purple não tem mais.

Aumentou-se o número de filmes e séries, muitas sem qualidade alguma, extremamente infantis, a troco de que?! Audiência.

Imagino o que diria Dany DeVito, Whoopie Goldberg sobre isso? E alguém os conhece? Steve Martin ja foi? Patrick Swaze? Charles Bronson? Clint Eastwood, tudo passou.

Verdade é que passa, e poucos anos depois que uma pessoa morre ela ja é completamente esquecida. O mesmo se aplica para os filmes. Derrepente trinta anos depois aparece uma menção e por aí esta.

O que pensa a nova era? audiência.

Enquanto isso sigo assistindo A Fantástica Fabrica de Chocolate na versão original – que a propósito não foi um sucesso em audiência – com Gene Wilder; Alta Sociedade com Frank Sinatra, Louis Armstrong, Gene Kelly dentre outros; A noviça Rebelde e por aí vai.

Não tive muito sucesso em série de TV porque quando jovem só haviam novelas da Globo que até hoje não chamam atenção. No entanto o Viva o Gordo e o Chico Anysio me prenderam em suas sátiras até hoje.

Quem diria, trinta, quarenta anos depois e aqueles temas (inflação, alta do combustível, corrupção e democracia) são vivos até hoje. Infelizmente protagonizados por pessoas diferentes. O que me leva a crer se somos realmente livres para pensar e agir fora do script imposto por alguns poucos a sociedade.

Que filme antigo voce assistiu e que não para de ver? Me conta aí

Dia 08 – Pedro Vaz o homem que faz

You’re writing your autobiography. What’s your opening sentence?

Após o ano 2010, percebi um aumento pelo interesse na doutrinação de pessoas através da leitura de biografias.

Nas conversas e reuniões de trabalho, observei que muitos começaram a citar biografias, seja de quem fosse, na construção das ideias.

De la para ca, parece que o mundo deu maior importância aos acontecimentos ocorridos no mundo, em especial, a segunda guerra mundial.

Alguns Livros, até filmes, sobre Churchill dividiram as telas e prateleiras com a história do Rei da Inglaterra até a passagem do bastão e reinado da filha.

Não podemos esquecer a dama de ferro. Ao final tudo isso contribuiu para a formação de um paraíso artificial. A grama do vizinho é mais verde porque teve guerra, é britânica e por aí vai.

Enquanto isso no outro lado do mundo temos o… Steve Jobs. Superou Obama, Clinton e outros personagens da literatura americana. A julgar pela quantidade adeptos a seus aparelhos cada vez mais caros, ainda que sejam minoria ocupam posições estratégicas com visibilidade para o mundo. Talvez por isso ninguém critica a evolução tão ruim do sistema que vem se fechando em uma arquitetura cada vez mais própria, diferente e incompatível com a lógica natural das coisas.

Porque o súbito interesse na exposição da vida dessas pessoas?! Seria a superação de crise ou catalogação de pessoas?! O que há de relevante nessas histórias que deram azo a muitos livros, resumos, filmes?!

O resumo desse exercício se resume a expressão do título. Talvez seja e represente, na sua essência quem sou. Em construção e constante movimento, sou realizador.

Quando cansado de vivenciar problemas do cotidiano decorrentes da política engessada e desacreditada, me lancei candidato. La atrás ja assinalava a necessidade de mudar a forma de agir e fazer política, a época engessada e desacreditada.

O futuro não foi bom para nós. A publicidade e propaganda se tornaram protagonistas e norteadoras das necessidades do povo. Frustrados nas expectativas e com notícia de roubo e corrupção, levaram o povo as ruas pedindo a prisão e cassação de políticos. Frustrada a reorganização do Estado Brasileiro, com uma pandemia pela frente promoveram sob forma de consórcio a reorganização do Estado incluindo aí pessoas ao que temos hoje.

Uma falsa e aparente sensação que vamos bombar na terra castigada, sem comida, sem indústria, sem demanda e com consumo da classe pobre, media e media alta fomentado por política do Estado.

Daí se ve logo que o título da biografia pouco importa, exceto a percepção que não fiz nada além de enfrentar os desafios impostos com o que tinha de informação a época.

Minha nova geração ja está chegando aos 50 anos. Esse inconformismo político levei aos tribunais nos incontáveis processos que advoguei. Fato cada um andou e foi jogado sob um ambiente de questões, problemas e soluções que tomou o tempo.

Precisei me reinventar entre as questões do dia-dia minhas e dos clientes para levar tudo a frente. A interseção com a política nacional não trouxe resultado ao povo imediato, porém criou uma bagagem que me ajudou a enfrentar questões mais complexas, no fim ajudar a gerir pessoas.

A conclusão disso faz lembrar o título do texto, realmente pedro vaz é o homem que faz. Não cheguei até aqui a toa, não estou a toa e minha biografia não tem a importância de um livro e sim o que meus pensamentos refletem na vida das pessoas.

Esse dom seguirá sem disperdicio.

Dia 7 – Vivendo e Aprendendo

What experiences in life helped you grow the most?

Ainda que seja o amadurecimento de uma pessoa ligado a quantidade de experiências vividas, que somadas, possibilita resolver melhor os problemas e assim evoluir enquanto pessoa em torno de si mesma e da sociedade, esta situação só é boa no conceito.

Na prática, a vantagem perante a sociedade cria marcas, feridas quando não cicatrizes e dor. Simplesmente porque não se amadurece sorrindo. O aprendizado é um mertiolate do tipo que arde, daí porque não esquecemos.

Uma das situações foi o desmonte da paternidade.

Certo dia, depois de anos casado, recebi a notícia que não poderia ser pai. A expectativa era grande e foi construída ao longo dos primeiros anos de casamento. Parecia um conto de fadas. O Maior receio de ter um filho seria de passar a ele algum e/ou qualquer dos meus traumas. Nem pensar.

Então a vida me deu um block. Tipo, Deus olhou e não deixou. Nem com ou sem problema e/ou planejamento… ter um filho foi simplesmente impossível.

Era a forma dele dizer filho esta na hora de voce amadurecer e ao invés de perguntar porque, pense no que esta acontecendo e no que voce aprendeu até esse momento.

Se de um lado o clima estava pesado, de outro o fato de ter casado por amor ajudou muito a superar essa situação. Com ela aprendi a viver encarar situações difíceis o que me coloca alguns degraus acima na escada do amadurecimento.

A desconstrução da paternidade foi um choque. O trabalho ajudou, e muito, a superar isso. A dor, sabe, aquela dorzinha que a gente carrega no peito levei a terapia. Depois de tantos anos e questões postas a mesa entendi que a vida segue, precisamos viver, precisamos lamber a ferida e estancar o sofrimento.

Nesse momento olhei para a pessoa ao meu lado e perguntei, porque Deus, voce não permitiu dar a minha mulher o filho que o nosso amor construiu?! Porque?!

De uma coisa eu hoje sei, faltava amor próprio. Se a época tive grande dificuldade de aceitar hoje com quase cinquenta anos consegui entender e, felizmente aproveitar cada dia e todos os dias ao lado do meu amado.

Se naquela época, com aquele desafio, não entendia o significado da vida, quando hoje olho para trás entendo a necessidade de transpor o mesmo. Só a partir desse acidente comecei a olhar para mim antes de ouvir a opinião de outros. Torpedo recebido, cacos no chão, comecei a catar o que vi, e quando juntei a ponto de me reconstruir desse trauma percebi que havia me reconstruído com um defeito. Derrepente minha natureza afetiva havia mudado, era hora de me despedir tanto do casamento quanto daquela vida.

Aqui se faz, aqui se paga. Virei a chave de uma só vez e arranquei no impulso para o alto e avante, rumo ao desconhecido. Se a vida tem algum significado e amadurecer significa aprender com as experiências, anote outra aí, não fazer nada no impulso.

Essa regra não serve para quem é jovem, adolescente e tem menos que trinta anos, porém convém repetir para sempre, vai que um dia funciona para alguém nessa faixa etária, certamente fará a diferença na vida de alguém.

Pedi a Deus para ajudar. Só ele para me fazer entender o significado de uma vida que certamente seria diferente, e com certeza não teria nela o significado de presenciar o nascimento do filho.

Aprendi a seguir em frente. Independente do estado de saúde ou religião entendi como filho de Deus que minha vida não seria inútil.

E não esta sendo. Hoje alguns ainda que de brincadeira me chamam de papai. Desenvolvi o amor feminino acolhedor de mãe para filho com várias pessoas. Me dedico aos amigos como a mim mesmo e aqueles que sinto estou mais próximo como o Pai chamo de irmão.

Não ter um filho foi o maior pontape para ter amor próprio. Ajudou a me situar na vida. Me fez olhar ao lado e ajudar na padaria social. Na doceria social. Tudo isso e muito mais. Se Deus quiser agora um atleta ao mundial em Orlando. Ate notebook para estudante já consegui.

Não existe amadurecimento sem dor. A experiência não torna ninguém mais jovem, e ainda que a sociedade medíocre atual não permita classificar alguém por velho, amadurci nisso o que pessoas não aprendem em uma vida.

E por isso valeu a pena nesse texto comentar!

Dia 6 – Como a morte muda a minha perspectiva.

How does death change your perspective?

A medida que envelheço e chego aos pés da melhor idade, que nada mais é do que aquele momento em que assimilamos os débitos e créditos de nossos atos e a forma como levamos a vida em relação ao corpo, trabalho e mente, evoluo na percepção da morte.

Ainda que esteja na fase pre-idoso com apenas 47 anos, estes poucos somam muitas complicações, resultado de uma vida repleta de aventura.

Hoje gasto um tempo e me esforço para ficar e me manter saudável. Tivesse sido menos negligente certamente a condição fisica seria melhor.

Fato: tivesse tido mais atenção teria menos problema.

Então quando me vejo administrando as idas e vindas ao clínico, hepatologista, cardiologista, dentre outros, não hesito pensar, muito poderia ter sido evitado.

Hoje dia de carnaval estava no bloco dos fieis que vão a igreja aos domingos e procuram sempre pedir perdão pelos erros a Deus pois só ele é perfeito e misericordioso.

Na medida que envelheço percebo a conta esta invertida, tenho menos tempo a viver do que o vivido.

Ainda que me diga hoje em dia chega-se facilmente aos 80 anos, nem todos chegam com saúde, em plena capacidade laboral.

Então parei de perder meu tempo não falando o que acho, penso e sinto. Não tenho tempo para ver e aplaudir o que me parece falso, o que provavelmente é falso, ainda que seja valorizado por outros.

A perspectiva de viver pouco tempo gera a expectativa de qualidade ao tempo que resta, e isso muda muita coisa.

Sabe quela pessoa que não diz o que pensa e não faz o que fala, ou fala o que não é verdade. Tchau. Sabe aquela pessoa que pela frente diz uma coisa e por trás age de forma diferente. Tchau você também. Quem não tem no acervo de decepção pessoas que a cada minuto mudam as histórias de modo a acomodar a pequinês de seus valores nela? Adieu adieu.

Então sou essa pessoa impaciente intransigente e intolerante? Claro que não. Me dedico a todos os que me despedi orando por eles, pedindo a Deus que os receba e ilumine, nunca é tarde.

Fim do dia se herdarei algo desse estilo de vida será benção, oração e Deus Pai, amem!

Carnaval no Rio é em casa com o melhor

Dia 05 – questão sistêmica

Ontem parei em uma loja para comprar o enésimo cabo carregador de iPhone. Ao chegar no caixa o atendente perguntou o meu CPF.

Para que indaguei?

Precisamos fazer um cadastro afirma ele

Perguntei porque?

Disse o vendedor que seria para efeito de garantia?

Garantia? Como assim? Estou comprando um cabo, de passagem por essa cidade, não voltarei, não reclamarei a garantia, se quebrar eu perdi mesmo.

Senhor, aqui não se vende sem fazer um cadastro.

Ah então é isso, sou obrigado a lhe fornecer minhas informações senão não tem venda.

Essa postura tanto um quanto abusiva de exigir cadastro de informação para realização de uma venda esta se tornando uma prática corriqueira de comerciantes.

Se uma coisa a Lojas Americanas ensinou é que cadastro, quando há fraude, não vale nada. Não justifica nada. Não se sobrepõe a incompetência e ao erro. Cadastro em sistema próprio é estatística furada. Porque no fim do dia os números não batem.

Logo não é crível de se admitir que alguém se esquive de qualquer coisa por conta de um cadastro, essa moeda não deveria ser imposta a nos consumidores, dado o fato que o codigo de defesa do consumidor não impõe como condição de venda o cadastro em qualquer sistema.

Exige minimamente um cupom fiscal, algo que ajude a correlacionar a entrada de dinheiro em um determinado dia com a saída de um produto.

Por outro lado existe inegavelmente uma inteligência na proliferação desses sistemas que exigem nossas informações para realização de qualquer operação.

Ainda que tenha o governo fracassado na edição da lei de proteção de dados que em termos praticos não evitou qualquer segurança e prevenção ao vazamento de informações, pelo contrário, trouxe um adicional de dificuldade e onerosidade ao comerciante, nada mudou.

A lei é tão real quanto a série ilha da fantasia. Como aliás é a realidade do Brasil de transferir a responsabilidade e fiscalização de qualquer coisa por Lei para alguem, geralmente um particular.

É preciso ficar atento a isso. Enquanto os olhos se voltam ao mundo, a imprensa e alguns políticos criam uma perspectiva de nova imagem do Brasil, não passa de espuma.

São muitos os problemas de sistema que vivemos ha anos, alguns sem solução. Não há transparência nem segurança nos cadastros, e agora sabemos nas empresas triplo A listadas no Mercado de Capitais. Não existe segurança jurídica em contrato seja de qual natureza for diante do judiciário. A única coisa certa que o Brasil pode oferecer ao mundo é Juros, justamente aquilo que o Brasileiro esta cansado de pagar, porém não reclama quando seu dinheiro esta numa conta remunerada lá no banco, poupança, cdb ou em qualquer fundo privado da xp.

O Brasil tem o potencial tão somente de prometer juros. As custas da nossa economia, estabilidade, geração de pobreza e falta de desenvolvimento.

Rede bancária no varejo se resume a poucos bancos, basicamente formam um clube. Indústria sem produtos de alto valor agregado. Relação de trabalho e com o governo altamente burocrática. Juriciario bilionario que não leva justiça nem ao pobre nem ao Rico.

Ao fim do dia todos nós estamos refens da tecnologia e do cadastro num sistema ruim.

Bom domingo!

Dia 04 – vamos a cozinha.

Qual é seu prato favorito de cozinhar?

A culinária ainda é um grande desafio. Tão enigmático e simples como a lição de Deus. Seja sal na terra e luz no céu.

Sal foi o primeiro ingrediente que demorei um tempo a dosar. Porque o gosto final da comida reflete não apenas a quantidade de sal posta e sim a interação dos ingredientes com ele.

Não raras vezes salguei… ou ficou sem sal.

Na falta de método e seguindo minha intuição comecei a me virar em coisas, seguindo a cartilha de todo perdido na cozinha.

Consigo fazer ovo? Macarrao? Carne moída? Peito de frango? Ficou bom???

Evidente que não. Se no passado amenizava botando vinho, hoje de fato aprendi a refogar.

Tudo começou com a chegada da Bimby. Através dela aprendi a cozinhar, e não foi em quantidade e sim qualidade.

Me ensinou a fazer compras de mercado sem disperdicio, ao final do cozimento dos pratos ja não havia mais alimentos a serem utilizados na cozinha.

Com ela entendi a necessidade de pesar e seguir a receita na quantidade. Fazendo isso, a bimby não erra, nunca. O prato tem sempre o mesmo gosto, mesmo ponto, consistencia e como ninguém prova, abre antes do tempo, ou mexe até ficar pronto, a comida dura.

Partindo do mesmo princípio de quem não sabe cozinhar, procurei fazer coisas simples.

Nada como começar o dia com ovo poche gema com a gema meio mole, algo relativamente simples, 1L de agua + 4 ovos gira o seletor e voilà.

Chilli foi a segunda pedida, porque carne moída também é algo pratico e o prato bem colorido. Super animado de comprar e juntar da cebola ao pimentão, coentro e por aí vai.

Se faço chilli também faço bolonhesa. Então porque não uma lasanha?! Melhor ainda se fizer o molho bechamel.

Nossa quantos pratos?! A essa altura do campeonato, o estrogonofe de frango com castanha ficou fácil, e se trocar o champignon por cogumelos laminados, bem saboroso.

Tentando expandir o horizonte, procurei entrar para o doce, e fiz o meu primeiro Brownie. Tanto o tradicional com amêndoas como o de três chocolates, ótimo para a cabeça ruim para o corpo.

Quem faz brownie por óbvio também faz pão de lo. Que delicia, seja com 6 ou 25 ovos, com ou sem farinha, a certeza que ali estará perfeito ao final da receita é um atrativo.

E no fim do dia, quando se vive tantas questões e problemas na vida real que nem sempre temos a solução imediata, sentar na cozinha ser protagonista de uma receita em andamento cujo resultado é um prato gostoso me anima.

Ja entendi porque tem gente que ao cozinhar perde a fome. Nem sempre a vontade é de comer e sim construir algo a partir da comida.

Alimentamos através da cozinha nosso ego e materializamos no resultado algo muito maior.

E foi assim que acredito também me impulsionei a fazer parte da padaria social, agora também a doceria que contou com a ajuda de um cliente na aquisição da masseira.

Ser sal na terra é de fato agir sem contrapartida para ajudar o próximo. Fazer a diferença na vida de alguém sem escolher.

E a cozinha em última análise me permitiu enxergar isso, o quanto é precioso o dom de manipular os alimentos, aprender as receitas, fazer um prato a ser saboreado por alguém para saciar a fome.

Dito isso o melhor prato que fiz e fiquei viciado foi a carne em slow cook, 7hs de cozimento em princípio parece ser um tempo demasiadamente longo, não conseguiria fazer ainda sem o robô dado a necessidade de mexer e de observar o processo ao longo do que seria o cozimento manual. Porém lá, esta valendo.

Qual o próximo desafio?! Espero conseguir fazer coalhada e iogurte a noite para comer pela manhã.

Um dia….

Dia 03 – O que me deixa triste, negativo.

Escrever sobre tristeza e negatividade é tanto quanto desafiador, porque impõe refletir sobre desafio e aprendizado.

Não a toa Tom Jobim cantou “tristeza não tem fim, felicidade sim”.

Se levar em consideração a tendência atual de viver em um estado eterno de felicidade, vai ficar mais difícil ainda.

E por isso, não estou pregando que todos sejamos tristes e negativos. Muito pelo contrário. Só digo que a teoria da anulação da tristeza em prol da ideologia de sociedade perfeita não prospera.

Procurar entender as causas e pensar no que fazer para melhorar e sair do processo é um bom começo. Entender o tempo não como imposição da sociedade e sim como meio de reparação e cura é outro passo bem vindo.

Brasileiros são acostumados a viver em uma sociedade violenta. Aqui morre mais do que em país com guerra, seja qual for o motivo.

E o que me deixa triste e negativo é perceber, quarentena anos depois, que somos partícipes disso, ao eleger políticos que vivem a base do pão e circo.

O gasto do governo é ruim, caro, ineficiente, as obras públicas não tem qualidade e não tem ninguém questionando. O Rio de Janeiro voltou a ser a cidade da propaganda. Inimaginável 4-5 anos depois uma via de concreto ser refeita em todos os aspectos e ninguém fala ou cobra nada.

As vigas da perimetral supostamente sequestradas pelo magneto serviram só para a manchete no jornal.

O Jornal é o maior inimigo da existência humana, pauta assuntos irrelevantes, notícia acordos políticos que implicam em monstruoso gasto financeiro como vantagem. Do que? Para que?

Assim como o Banco, parece que o governo antecipou o recebível criando uma PEC bilionária para acomodar o centrão? Ou as políticas públicas e sociais do governo que na gestão passada acabou em prisões.

Inegavelmente isso me deixa triste e negativo.

Porém, sendo filho de Deus, com mãe e irmãos mundo afora, ainda que dormindo, tenho certeza que um dia o mundo vai acordar, e perceber que não da para crescer na base da dívida.

A indústria privada percebeu que o endividamento do povo e de seu país tem limite e criou o meta verso para aprisionar quem de fato perspectiva não tem de crescer gerando renda.

Porque somos, passamos mal e depois de morto precisamos de uma vala ou isqueiro, o governo não tem tido sorte em fazer dos serviços públicos um metaverso. Continua inaugurando obra cara, mal pintada, se bobear com aquele aparelho de ar de parede com 20-30 anos de uso….

Ate quando?

Vamos ser positivos e pensar que tudo pode mudar, faz parte do aprendizado assimilar, digerir, cobrar, acompanhar e aguardar. Tudo ao tempo do senhor, ou, Deus no comando.

Dia 02: algo que me contaram e nunca esqueci

O dia do benefício, é o dia da ingratidao

Minha mãe contou que meu avô disse isso a ela quando ainda jovem.

De tempos em tempos me pego refletindo sobre isso. Mais do que um ensinamento, essa afirmação do passado é bem atual, é uma verdade.

Incontáveis as políticas públicas cuja motivação foi legítima e na prática, uma vez sancionada a Lei ou regulamentada acaba matando o ecossistema proximo.

Sob o pretexto de criar direito, fazem um movimento que acaba por engessar, esvaziar e diminuir a população.

Trinta anos atrás ninguém imaginaria que o Estado Brasileiro iria dizer da escola ao absorvente, a casa e a comida que seria destinada ao tipo de cidadão brasileiro.

E nós que escrevemos e somos críticos somos uma anomalia ao sistema.

Da mesma forma, vejo o filme de pessoas que ja passaram pela minha vida e reparo o quanto algumas estão, outras não.

Depois de tantas dificuldades e batalhas, procuro entender que sou um instrumento de Deus portanto ele atrai e afasta as pessoas.

Nesse particular procuro seguir seus ensinamentos e não esqueço o dia de quem perdeu a vida para nos salvar.

Ainda que não mude a expressão acima, fato: o dia do benefício é o dia da ingratidão.

Portanto se esta a volta de uma situação dessa, ore, peça a Deus, aprenda dentro do possível perdoar e deixe a vida agir. Melhor fazer isso e dormir do que viver sem isso na falsidade.