Ando reparando a enorme quantidade de reclamações de pais sobre a linguagem dos filhos. Me lembro que ha décadas anos atrás quando estive na politica, o debate era sobre a necessidade de alimentar a criança, e a necessidade de colocar ela em uma escola/creche para ter acesso a um determinado número de palavras.
Esse debate hoje não existe. A fome não passou. A educação não chegou. Contudo os palavrões, o jeito informal e meio chulo chegou, ao que parece em definitivo.
Junto com ele a observação que muitas crianças são secadores de bateria de celular. Estão atentos a essa tela e aos sinais que ela apresenta como pensamos e respiramos essas palavras.
A banalização do viver, pela utilização em excesso e desregrada do dispositivo que não educa, não ensina, não instrui é uma nova realidade a qual não me adapto.
Confesso que acho muito estranho ouvir de meu companheiro chamar a siri para saber do tempo, e ate mesmo localizar seu celular.
Tarefas simples que exigem stamina acabam sendo delegadas a tecnologia, e não estamos exercitando a massa cinzenta ociosa outrora acionada até mesmo para decorar número de telefone com algo produtivo.
Retirar de criança telefone celular é declarar guerra a sua existência. De outro lado entrar na igreja e assistir fieis e padres utilizando celular, seja para acompanhar a biblia, seja para nele lembrar as anotações, ou até mesmo para transmitir aquele momento, é prova que essa tecnologia é indelével a existência humana.
E o que estamos fazendo com a educação? Ela em razão desse avanço se liquefez. Seus conceitos embora inalterados não resistiram a utilização em massa da tecnologia.
O que antes ja foi um luxo, como videogame, computador, de uma época que eles não transmitiram e sim eram codificados, hoje em dia é utilizado em massa. E estão ensinando ou corrompendo do adulto a criança.
E o que estamos fazendo a respeito? Como vamos melhorar isso? Quantas gerações estamos perdendo em razão disso?