O GLOBO é um jornal carioca de circulação nacional que julgo extremamente parcial na escolha e forma pela qual as noticias são veiculadas. Esse é o efeito da massificação da informação balizada em orientação política que de conservadora passou ao longo dos anos a ser interesseira, na medida em que o jornal só divulga o que quer e quando quer mesmo.
Felizmente toda regra tem uma exceção e alguns colunistas fazem o favor de divulgar o que mais parece um aviso do que uma notícia, afinal, o espaço que tem é limitado quando comparado ao amplo espectro de notícias que precisam divulgar.
Nada contra o novo visual grafico, aparentemente mais limpo, mais aí vai uma crítica que vai alem do desprestigio da manchete composta título destacado e foto que ocupavam meia pagina, em detrimento de pequeno destaque as demais notícias.
Imperdoável foi a postura adotada pelo jornal em relação a publicação do editorial que tradicionalmente era divulgado em um espaço predeterminado logo nas primeira páginas internas e agora foi para o fim.
O Editorial é muito importante. É uma forma de divulgação de texto do tipo que não tem obrigação alguma de seguir a linha do jornal, de ser imparcial ainda que isso implique em ser objetivo ou não, por exemplo. O Editorial é o que restou do que outrora foi o Jornalismo de Opinião.
Também percebi com grande tristeza o deslocamento da seção Cartas do Leitor para o final do jornal, o que me parece ser um grande contra senso, ainda mais agora que a primeira pagina esta mais rica em assuntos diversos que certamente são opinados pelos leitores que ja são tradicionalmente escolhidas, contrabalanceadas e servem como amostragem de quais assuntos são polemicos e o pensam os leitores.
Resumo da ópera: O Jornalismo no O GLOBO vai mal. A opinião e o leitor foram deixados de lado em detrimento da nova receita que traz noticia visulamente mais simples num formato caderninho que mais útil seria se fosse uma homepage e que deixa muito a desejar no meio impresso.