O que esta por traz da raba

Hoje pela manhã resolvi depois do café ligar um dispositivo bluetooth no mais novo e velho aparelho de som que fica na sala. Coisa de gente velha mesmo que não se rende as caixinhas portáteis ou a nova moda de soundbar que substitui tudo.

Tudo pronto, vamos ligar e testar. Na falta de música a mão liguei o Spotify e surgiu a lista hits da internet com músicas brasileiras, a seguir:

Bota de ladinho de ladinho….

Saudade da quicada malvada…

Estampado o desejo de dar a xereca…

Senta no meu pau duro as xereca as xereca no chão…

Vou surfar nessa bunda gigante…

Mina gostosa, no beat ela encosta, rebola no pique Anitta. Escuta a batida do ela vira dançarina. Ah doida pra sentar…

Eu por baixo, tu por cima. Aquela adrenalina, voce toda possuída.…

Faz caras e bocas descendo. E depois empina. O rabetao pro pai. Ela joga e vai…

Essa lista não apareceu a toa, nem foi o Spotify responsável pela criação deste lastimável conteúdo. Em comum, todas as letras tem a vulgarização da mulher, ainda que seja através do suposto e pobre empodeiramento da genitália.

Tudo começou com uma rebolada e agora a cultura popular que representa um conjunto de saberes e valores, tradições esta contaminada pelo objeto mulher.

É a mulher poderosa, que rebola, que senta, que quica, que é louvada popularmente. Não só esta, como também aqueles que andam de glock e mandam na porra toda hoje representam a cultura da massa em larga escala fluminense.

Se esses são os elementos indispensáveis a distribuição dos direitos equânimes para melhor vivência humana através do empodeiramento da mulher na clássica definição do que é uma das vertentes do feminismo tenho profunda pena pelo dano a imagem da mulher.

Imagine so uma criança se criar em torno do louvo a sentada, da xereca, a violência e do combate como meio de sobrevivência.

E esta tudo bem, afinal é isso que a geração moderna prega.

Fato que o ser humano no passado temia basicamente duas situações que poderiam lhe trazer grande aporrinhação: as que o colocavam na cadeia, e também aquelas que o faziam pagar e perder dinheiro.

Modernamente isso não existe. A afronta a esses valores é normal. Ai de quem impedir. Pode-se escutar essas músicas qualquer hora do dia, estão à disposição para qualquer um.

Acho que a limitação de idade não resolve porque sempre há burla desses meios e, entranhadas na cultura como estão não tem jeito.

Uma grande campanha de comunicação e conscientização para início de conversa me parece ser a solução. Um movimento para botar abaixo a vulgarização das pessoas, do sexo e de suas escolhas.

Quantas antas vão resistir ao fim de seu legado? A quem interessa propagar isso de mãe para filha?

O que o governo vai fazer sobre isso?

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