Era o dia 27 de março de 2010.
Naquele ano, era pre-candidato a deputado estadual, estava prestes a realizar o sonho de participar do processo eleitoral e sair intacto.
Todas as manhãs acordava e passava na casa dos meus pais. Chegava muito cedo, por volta das 6:30 da manhã. A rotina era sempre a mesma, meu pai em algum momento abria a porta do quarto, e o Mickey, pulava as escadas como se coelho fosse, corria para os meus braços.
Amor que não se mede, representado por gestos genuínos, sem palavras.
Não sabia que poderia correr o risco de perdê-lo tão subitamente e sem dizer adeus.
A vida é insignificante diante da saudade e vontade de estar perto, que seja para dizer adeus. Mickey sempre ao meu lado, quero reencontrar num outro plano, com certeza.
Hoje cabe lembrar do fiel amigo escudeiro.


