Coronavirus e o Código do Silêncio

A medida em que aprofundamos na escuridão do isolamento social, percebo que muitos apelam as redes sociais talvez para buscar companhia. Outros eventualmente para passar o tempo.

O que muitos tem em comum, é a completa ausência em dizer como estamos ou de nossa família. Parece que todos adotaram o código do silêncio. Fale muito sobre a vida, pouco dos outros e nada de si mesmo ou sua família. É isso.

Porque? Teria caído a ficha que não somos desse mundo? Egoísmo escondido? Ja sei… não da ibope, não entretém ninguém, não vende, portanto não tem valor, exceto quando estamos pagando por isso. Aí qualquer besteira é uma peça. Qualquer argumento se justifica. Ai é o máximo. Comparando essa circunstância a satisfação de um vício por um viciado. Paguei por isso, quero ver.

Porque? Se não é um filme, se não for do ramo de entretenimento, se não estou pagando, não é interessante, e não serve.

Errado. Ja andava muito de saco cheio dessa mesmice que se tornou muitos dos programas de entretenimento Brasileiro. Já não achava graça no modelo caricato, pior ainda aqueles do tipo, sou engraçado olha que família bonita.

Então ja cansado de ver no cinema, pior ainda no teatro, agora vejo propaganda e exibição na TV aberta.

Não, ta tudo errado. Não podemos nos acostumar com menos.

Pegue o telefone, em tempos de WhatsApp e smartphones, e procure seus amigos, sua família. Veja como estão. Agora é a hora. Se de tudo não der certo… Que tal ler um livro e are refletir sobre o lixo que o dia-dia vem impingindo a cultura popular Brasileira.

Desejo esse período de quarentena seja a descarga desse modelo velho, antiquado, pobre de conteúdo e massificado. Que as indústrias parem de cobrar de quem ja não tem para receber o que não lhe acrescenta. Essa socialização em prol do entretenimento ja foi.

Quanto aos meus amigos e familiares, vão bem, obrigado!

Mickey para sempre!

Era o dia 27 de março de 2010.

Naquele ano, era pre-candidato a deputado estadual, estava prestes a realizar o sonho de participar do processo eleitoral e sair intacto.

Todas as manhãs acordava e passava na casa dos meus pais. Chegava muito cedo, por volta das 6:30 da manhã. A rotina era sempre a mesma, meu pai em algum momento abria a porta do quarto, e o Mickey, pulava as escadas como se coelho fosse, corria para os meus braços.

Amor que não se mede, representado por gestos genuínos, sem palavras.

Não sabia que poderia correr o risco de perdê-lo tão subitamente e sem dizer adeus.

A vida é insignificante diante da saudade e vontade de estar perto, que seja para dizer adeus. Mickey sempre ao meu lado, quero reencontrar num outro plano, com certeza.

Hoje cabe lembrar do fiel amigo escudeiro.

Porque não bati panela…

O movimento é politico. Esta na cara.

Temos que colocar o Brasil em primeiro lugar, acima de tudo.

E assim se faz, não gritando fora Bolsonaro.

Porque no meio do caos, quebrar o sistema não vai ajudar.

Se faz sendo Brasileiro, trabalhador, solidario, e por ai vai.

Não é que a manifestação em oposição não tenha legitimidade, agora não é a hora, proponho, ao invés de bater panela, ser bons e decentes, enquanto cidadãos e vizinhos.

Agora é tarde.

A resposta ao governo, nesse momento de dor, será na urna. Independente do resultado, de reeleição ou não. Agora é a hora de elevar o espírito e pensar na nação.

Muitos morrerão nessa guerra, nessa batalha biológica que o homem travou com a natureza.

Sim, ao que parece, surgiu na china.

O que nós brasileiros estamos fazendo sobre isso?

O que estamos contribuindo para a solução disso? Batendo panela? O que a iniciativa privada – ja que o público eu não acredito tenha criatividade e eficiência – vai ajudar?

Algum shopping em construção, ou imovel vazio para fazer hospital de campanha?

Alguma isenção fiscal pelo governo como um todo para facilitar o tráfego dos insumos?

As barreiras estão fechadas?

Os políticos que julgam resuzir a jornada de trabalho também estão reduzindo seus gabinetes e salários?

Os brasileiros mais a frente se lembrarão disso? E o que lembrarão?

Então acho que bater panela é o fim da picada, é democraticamente aceito como a forma pela qual muitos perdidos estão, em casa, fazendo o seu protesto.

Ou indignados que o Governo insiste em dar crédito, para ganhar juros em cima da crise, ao inves de doar dinheiro ao povo. Melhor devolver do que acabar desviado.

Também poderia criar o feirão do coronavirus com perdão de dívida e enxugamento da maquina, cargos e salários.

Solidariedade em tempos de coronavirus… fazendo a minha parte e protegendo meus pais.

Estou ha alguns dias sem ver meus pais. Sinto falta dos abraços, dos bjs, das conversas tete-a-tete, do que entendia por vida normal.

Isso não volta tão cedo, e não virá nos próximos dias. Qual a solução? Ajudar, ainda que de longe.

Aproveitando a vocação para fazer obra e consertar coisas, levei o carro para a revisão. Ficou pronto no mesmo dia. Não é que ainda achei graça e divertido.

Porque o panelaço em meio ao Coronavirus.

De um tempo para ca, panela e politica tem se assemelhado a torcida organizada em partida de futebol em final de campeonato. Não tem jeito, não se misturam, jamais vão se misturar. Temos sorte que ainda se respeitam e batem panela com alguma civilidade.

E porque batem?

Porque alguns politicos tem um projeto audacioso de transformar a nação através da política usando os eleitores colocando uns contra os outros como se fossem oponentes em uma partida de futebol.

Nós vamos perder a partida. O Brasil não esta preocupado com nós. Nem nós que empreendemos estamos acostumados a receber alguma coisa boa em troca no Brasil, exceto dívida e imposto.

Só que contra nós, nossa família e amigos vem o cadastro negativo, positivo, escritório de cobrança, protesto e ações judiciais.

Contra o Brasil vem o que? Nada. Ainda tem a pecha de começar o ano no calote oficial, como se natural fosse, e nenhum servidor público ate hoje, pagou pelo furo no caixa. Zero.

Então porque o povo bate panela. Obvio. O governo exige parar, não se preparou, não se antecipou, agora de trás para frente, promove isolamento e desemprego, ao passo que oferece uma merreca de dinheiro para uns, e crédito para outros.

Enfie o crédito no orçamento da união. O povo não quer crédito, quer dinheiro, trabalho digno e um salário com poder de compra para ter uma vida digna. Enquanto esses políticos não entenderem que um pais sem educação e sem uma economia que permita a pessoa viver de seu salário não vai para frente, reações como essas virão.

Que venham os panelaços. Ainda que inoportunos, improdutivos, inúteis, representam o sopro de dignidade e democracia que ainda há por aqui. Talvez o último orgulho que temos em ser brasileiros.

Talvez se negativasse o nome do ministro, de todos no ministério e do técnico, entenderiam o mal que fazem a nós, sairiam da zona de conforto e se reinventariam como instituição brasileira, da mesma forma que nós fazemos ao superar sozinho os nossos problemas. Mais ação gera menos panela.

Corona Virus esta aí e a obra da Cyrela no morro da viúva acelera.

Estou impressionado com o ritmo avançado da obra, que não para, até mesmo em época de coronavirus.

Porque os executivos da Cyrela e até mesmo alguns administrativos podem fazer home office enquanto aqueles que dão suporte e que efetivamente fazem tudo acontecer trabalham sem parar.

Ontem a noite cerca de 23hs movimentaram o pátio para trazer máquinas pesadas.

Nunca fui a favor de sindicatos e da indústria corporativa que cresceu e se beneficiou as custas de quem efetivamente trabalha. Agora o que falam eles no meio desse problema?

Acho que as fotos falam por si, vejo falta de consciência social, sobretudo pelo horário puxado de trabalho em plena pandemia:

Operários trabalham próximos e juntos

Porque eu tenho medo do CoronaVirus

Desde que surgiram os primeiros relatos do virus, uma espécie de histeria velada tomou conta de muitas pessoas.

Viajava para o exterior quando da descoberta em outros países de novos casos, pude perceber uma enorme diferença na postura de Brasileiros em relação aos Portugueses e Americanos.

Enquanto muitos se preocupavam em portar as máscaras, o resto não. A par do fato que a máscara é para ser usada por quem esta doente, fico pensando, qual a utilidade de usar a mascara antes de entrar no avião para, la dentro, tirar para comer.

Parece que cansa, então fica um tira-põe sem fim como se voce que a utilize tivesse o sentido de perceber quando o virus esta perto, ou não.

Volto ao Brasil e sinto no meu apartamento uma água com gosto de barro e penso, estamos com as prioridades erradas, sem agua tratada e saneamento, muitas outras doenças vão matar outros mil ou milhões de Brasileiros

Também não vi nenhuma mensagem de repúdio ao tipo de comércio que na china originou a disseminação do Virus. O mínimo de se esperar e que aquele país comprove as condições sanitárias através da qual comercializa animais e proíba com veemência a venda de outros que não são bons para o Homem.

Nesse ritmo que estamos não haverá máscara o suficiente para quem mesmo precisa, já não temos água, ou seja, as condições sanitárias que estão de fato deterioradas, vão ficar piores.

Ao que parece alguém está ganhando muito dinheiro com a exploração midiática do virus que se sobrepõe as questões de soberania nacional.

Enfim o medo é que esse episódio termine por sangrar pessoas e instituições ao ponto de aumentar o caos.