Compreender que sou dotado de uma natureza afetiva que tem por consequencia uma especial afeicao a pessoa do mesmo sexo.
Isto nao significa que tenho interesse, curiosidade ou atracao para toda e qualquer pessoa do mesmo sexo.
Alias sou contra toda e qualquer divulgacao, orientacao, opcao dentre outros termos que priorize a palavra “sexo” em detrimento da natureza afetiva, ainda que seja entre iguais!, sendo essa referencia ao mesmo genero ou sexo.
Nao é porque falo a palavra beijo ao final da conversa que, sendo gay, quero “te pegar”.
Nao é porque ja te vi nu, ou porque frequentamos o mesmo banheiro, que vou te olhar diferente.
Admitir esse sentimento para uns, como eu, demora um tempo. Essa demora nao tem outra explicacao senao o fato que nem todo mundo esta preparado, maduro e suficientemente seguro para se assumir perante o mundo.
Ja nao basta viver em um mundo onde, infelizmente, nos dias de hoje, ser Gay ainda mata. Ainda existe nas pessos a cultura “o filho do vizinho pode… aqui nao”.
Tenho consciencia que essa natureza impoe viver algumas restricoes, nao em relacao ao que sinto pelo marido (ou companheiro – interprete como quiser) mais por aqueles que nao estao preparados, nao querem saber, julgam o proximo e sao capazes de fazer o mal simplesmente por isso.
Aí vai um conselho para todos os que sao pais, amigos, conhecidos daqueles que um dia, nesse processo, chamaram para dizer que (apesar de serem a mesma pessoa) um dia deram o passo publico que eu dei.
Muito amor, trate-os com carinho e aceite o fato da melhor maneira possivel. Porque quando se fala uma coisa dessa intimidade para alguem tao proximo, no minimo, essa pessoa é tao especial e sensivel de modo que buscamos nelas apoio e compreensao.
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