What do you do to be involved in the community?
Moro em uma cidade que infelizmente é palco do que entendo ser o maior abismo social no Brasil.
Aos 47 anos olho para trás e percebo que nenhum dos governos anteriores conseguiu prover o povo com serviços públicos de qualidade.
Infelizmente no dia de hoje, escuto histórias e testemunho de pessoas que sequer agua potável tem. Banho sem chuveiro, impensável nos dias de hoje ainda existe.
A situação ruim do Estado do Rio de Janeiro, apesar de ser com frequencia atrelada pela imprensa as crises do mundo, como pandemia por exemplo, em verdade tem sua origem na falta de compromisso e de gestão do Governo com o povo, anos atrás.
Fato: O que é publico custa caro, não é barato e não funciona direito.
Com frequência leio nos meios de comunicação que uma porta de onibus, por exemplo, custa ate vinte mil reais, o que acho um absurdo. Imagina você uma chapa de ferro premoldado sem eletronica alguma custar vinte mil reais. Ninguém se pergunta como e porque, afinal o transporte público no Rio, não é de hoje afirmo pertence ao que tenho por máfia.
As empresas de ônibus usam as mesmas carrocerias, os mesmos chassis, a pior qualidade de conforto e mecânica, nada muda exceto o valor da passagem, atualmente de propriedade do cofre da prefeitura.
Parece um dogma, para ser público tem que ser de pior qualidade e mais caro. Outro dogma, fazer mais por menos, aguentar crise e buscar eficiência só esta no particular.
A par disso criou-se uma indústria de assistencialismo, que ha vinte anos atras dava-se o nome de populismo.
Foi quando o Estado do Rio por seus políticos optou por pautar politicas publicas no assistencialismo popular. Deu-se origem a tudo popular, farmacia popular, restaurante popular, atendimento medico popular.
Não foi bom.
Hoje o que mais vejo é a critica do povo cujo salario pequenininho não lhe permite escolher nada. Uma parcela ficou refem do assistencialismo que modernamente lhe diz até mesmo qual a marca do absorvente que deve usar. Poder de compra e escolha para esse projeto de cidadão constitucional foram retirados.
A constituição para estes é uma obra de ficção.
No fim do dia, até mesmo um remedio de pressão que custa pouco mais de dez reais custa caro para quem tem fome.
E assim, durante a pandemia, foi que Deus me tocou e dei início a um projeto pessoal, que impulsionado por muitos voluntarios chegou onde não imaginei conseguiria chegar.
Meu papel voluntario, que no passado me levou até mesmo a me candidatar, saiu da ideologia e foi para o real. Consegui graças a ajuda de muitos que amam o próximo e dão valor a vida, devolver a comunidade um pouco de amor, que seja através da doação do pão ou um prato de comida.
Ali se fabricam pães para o povo que sofre, para quem diariamente é abandonado pelo poder publico. É triste ver o socorro noticiado todos os dias por uma imprensa parcial, que em todos esses anos não contribuiu em absolutamente nada para a melhora na condição, qualidade de vida e perspectiva das pessoas. A imprensa brasileira parou de questionar.
Para uma imprensa que se pauta em projetos institucionais, a única preocupacao é pedir informação e propagar a desculpa que são as respostas, sem qualquer tipo de transparência, vedada a opinião e reflexão dos anos de aprisionamento do povo na propaganda do show, bar, entretenimento e diversão.
Editorial nos tempos modernos se restringe a formação de plateia, movimento parecido com a doutrinação que se tornou padrão do ensino universitario, ao menos de algumas universidades que permitiram professores serem substituídos em sala por monitores, e trocam aula pela atividade de video como se atividade extracurricular aula fosse.
Meu enolvimento na comunidade é tentar não deixar a lente se ofuscar pelas más ideias que cercam algumas pessoas e são propagadas como verdade absoluta e todo o resto fake news nas mídias sociais e modernamente no grupo de whatsapp/telegram.
Então a forma mais prática que tive para estar perto daqueles que realmente precisam, foi de dar o pontapé na padaria social para distribuir pão aqueles que sequer pão tem. Pão para quem tem fome e emprego para quem precisa, e tambem a doceria social que em breve vai colher seus frutos.
Como podemos fazer sempre mais, consegui auxiliar um atleta em uma competição internacional. Para orgulho de nossa patria venceu aqui e no exterior. Como pode um atleta profissional dez anos depois não ter meios financeiros de competir e representar o Brasil.
Quando venderam ao povo a olimpíada e demais eventos esportivos não estavam falando sério? A história de legado foi essa? Deixar todos ao abandono?
Olho para o lado e ajudo quem posso e consigo dentro de muitos pedidos e minhas possibilidades, volta e meia Deus manda umas mensagens que mostram estou no caminho certo. Sou mais um de seus filhos.
Muito recentemente a sede da associação vai para um imovel tipo galpão, para atender não só a padaria e doceria social, como também assistência básica a mulher com curso de esmalteria.
Muito pouco, realmente, se o Brasil não fosse a selva que é, se não tivéssemos políticos tão ruins e chefes de executivos mais preocupados com suas biografias do que em relafao povo brasileiro, estariamos longe dessa situação.
A reflexao nesse texto seria outra.
Infelizmente nao é, no entanto não perdi a esperanca.
Quando alguém achar um que seja merecedor de voto e que transforme a vida dos outros, por favor avise, nao perdi a fe.