Evitei por todo custo virar bicho, o que hoje a noite me tornei… exercito por natureza a arte de contemporizar conflitos que naturalmente podem surgir entre as pessoas no lado pessoal e profissional, é uma filosofia, educação e elegância de minha natureza.
Mais paciência e desaforo tem limite, então para não ficar o dito pelo não dito… para seguir em frente… ainda que puto porque disse ao sócio que não queria, como não quero e não mais tenho esse tipo de cliente no escritório.
Confesso também fiquei puto com meu sócio, puto puto mesmo porque pressenti que não era o perfil do escritório, bem, ele apareceu, eu li um desaforo que não vale a pena transcrever e respondi na mesma ou maior intensidade que recebi.
O sócio se desculpou, disse aprendeu a lição, espero que sim e depois disso tudo reflito sobre o que é ser amigo e sócio de uma pessoa e o que esta implícito nisso.
“….
Desculpe não vou entrar na questão do preço porque quem diz o que é caro ou barato é quem trabalha, evitei entrar nesse assunto desde o início.
Voce pode ir a Paris de navio, teco-teco, avião de carreira, jato ou concorde.
Voce contratou o concorde, o melhor que existe, pelo preço que praticamos, todavia se entende que o pagamento do valor esta além das suas possibilidades, não obstante o contrato assinado, não tem o menor problema.
Alias, sob o prisma que o dia do pagamento é o dia da ingratidão não desejo ter um cliente como o que tenho, ainda que certa vez por ter frequentado minha casa, entendi que estaria no grupo de amigos.
Sendo o que se apresenta, me despeço ao passo que lhe desejo sucesso.
Atenciosamente,
Pedro Vaz”