São muitas as definições que descrevem como voce enxerga o mundo a partir dos quarentena anos. Nenhuma me faz justiça, não me encaixo em nada do que até hoje li.
Não me encaixo no contexto de nenhum filme atual. Aliás, não vejo nos filmes atuais nada que nutra o gosto pelo cinema como tive no passado.
Por exemplo, são muitos os filmes de super heróis e séries surreais, ou que pregam o caos em cartaz, que me leva a refletir para onde desejam esses produtores nos levar senão para um vazio.
Quando voce passa cerca de dez anos assistindo isso, e tudo em torno disso se torna um produto e gira o marketing, você não esta maluco.
Talvez por terem construído tantas novas salas sem pensar e valorizar o conteúdo seja um dos motivos pelos quais estamos aqui.
No final do dia o avanço de ontem se tornou uma grande piada de mal gosto hoje. Os temas do passado se alongam em filmes e séries, sem qualquer função refletiva ou valor para mostrar.
Nessa troca de geração, há também a troca de valores, ideais, perspectiva e destino.
2020 é muito além de um ano difícil.
Difícil é a vida. E também insubstituível.
Para quem acha que virando a página terá um dia melhor, anote, sem querer se chato ou pessimista, 2021 para quem não se costumou, não se importou, não esta pensando nem tentando fazer a diferença, será pior ainda.
Martin Niemöller falou sobre isso.
Não podemos pautar o futuro somente nos projetos que privilegiam instituições e funções prioritariamente.
Precisamos pensar nas pessoas.